Nas escolas, a convivência ganha maiores dimensões - normalmente desejamos impor normas e regras para todos e constatamos no dia-a-dia que nada disso adianta.
Analisei durante muitos anos
Partindo dessa análise comecei a trabalhar a idéia da implantação nas escolas dos “Contratos de Convivência” que substituirão os anacrônicos textos dos Regimentos escolares ultrapassados.
Os “Contratos” serão construídos coletivamente por alunos, professores, pais/responsáveis e equipe técnico-pedagógica das escolas. Neles serão definidas as Conquistas, os Compromissos e as conseqüências/sanções fixadas pelo grupo. Uma vez discutidas e aprovadas, escritas e incorporadas ao Projeto Pedagógico e ao Regimento Escolar.
É muito importante destacar que cada faixa etária desenvolve o seu próprio caminho - 1 e 4 anos, 5 e 7 anos (a faixa da educação infantil) 8 e 11 anos e os adolescentes.
Recomendo a leitura do livro de Tania Zagury - Limites sem Trauma - Construindo cidadãos da Editora Record que serve com muita propriedade como referência para facilitar as ações junto aos pais/responsáveis.
Os “Contratos” podem representar um novo marco nas relações interpessoais e com certeza trarão crescimento para toda a comunidade escolar que estiver disposta a manter uma relação democrática e sincera.
Defendi a implantação desse tipo de ação no Projeto Pedagógico das Unidades Educacionais do Ensino Fundamental do SESI do Distrito Federal, conseguimos ter avanços significativos, o mesmo está acontecendo com o Colégio Eduardo Guimarães de Botafogo - RJ, os resultados começam a ser sentidos.
A experiência destes projetos reafirma que a fixação de limites claros e honestos nas relações trazem conquistas significativas para o grupo - com isto atendemos as concepções presentes na Lei 9394/96 e nas Diretrizes Curriculares Nacionais.
Faça também uma reflexão na atual situação das relações em sua escola - analise os resultados e procure atualizar as ações remetendo-os para uma visão cidadã - construindo os “Contratos de Convivência” ou de “Convivialidade” como prega Leonardo Boff.
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